João Amendoeira: "APOLOGIA: Há memórias que um poema não esquece" O Livro.


O lançamento do APOLOGIA surge como o primeiro gesto da primeira raiz que rompe a semente.

A gente que fez meia sala no auditório da biblioteca municipal de Tomar, ao mesmo tempo que do outro lado da cidade se realizava uma homenagem a Manuel de Oliveira, deliciava-se com a brisa de poesia e discurso que reinaram durante a tarde de 13 de Junho.

António Manuel Ribeiro, autor do prefácio e primo, um dos génios fundadores do rock português, em conjunto com o notável Carlos Moisés e o editor Adélio Amaro, tornaram o momento em primazia, enriquecendo-o pelo saber das suas notáveis palavras.


Um dia que esconde a privacidade, o trabalho árduo por detrás do mundo, aquele que viveu em jogo na organização. Mas foi, sem raiz de arrependimento, neste mundo de interesses, onde vivi gratificado, por tal esforço, que sem dúvidas ficou imortalizado em mim e por quem o viveu.


Foi bom parar neste dia, estar ali sentado e ter perante nós actores, recitadores de poesia, artistas consagrados, e um livro que fez juntar toda aquela gente para dizer a sua nascença. O primeiro filho.


O Pedro Fabrica e a Tânia Querido, da Escola de teatro Raul Solnado, com encenação preparada por José Renato Solnado, transformaram e deram inicio à apresentação, fizeram descobrir em palco o primeiro conto (“Na voz dos Deuses, a Poesia”) presente no livro, a chama que enche o imaginário humano de quem lê e tenta descobrir a vida que existe nas palavras que percorrem as folhas.


O Pedro Silva e a Vera Bártolo deram, também eles, uma vida especial ao recitarem poemas presentes no APOLOGIA.

Mesmo que as lembranças se deixem ir dormindo na memória de quem assistiu, a maçã e o sabor do palco deste dia ficou de certo em suas mentes. Há memórias que um poema não esquece.


(na fotografia, da esquerda para a direita, Adélio Amaro (Folheto Edições), Carlos Moisés (Quinta do Bill), João Amendoeira, António Manuel Ribeiro (UHF))

Comentários